Um dia, Milarepa avisou Gampopa que tinha chegado a hora de partir.
Ele disse a Gampopa: “Você recebeu toda a transmissão. Eu lhe dei todos os ensinamentos, como se derramasse água de um vaso em outro. Apenas uma instrução essencial eu não ensinei a você. Ela é muito secreta.”
Milarepa então acompanhou Gampopa até a um rio, onde eles se separaram. Gampopa fez prostrações para se despedir e começou a atravessar. Mas Milarepa chamou-o de volta: “Você é um bom discípulo. De qualquer forma vou lhe dar este último ensinamento.”
Muito feliz, Gampopa prostrou-se 9 vezes e esperou pelas instruções. Milarepa começou a virar-se, e puxou o seu manto para cima, mostrando a Gampopa o seu rabo. “Vês? “
E Gampopa disse: “Uh… sim…”
“Você realmente vê?”
Gampopa não tinha certeza do que deveria ver. Milarepa tinha calos nas nádegas; pareciam ser metade carne e metade pedra.
“Veja, foi assim que alcancei a iluminação: sentado e meditando. Se quiser alcançá-la nesta vida, faça o mesmo esforço. Este é o meu último ensinamento. Não tenho mais nada a acrescentar.”
Fonte: “Luminous Mind: The Way of the Buddha” (1997), de Kalu Rinpoche.
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