Budismo Geral

Todos os budistas recebem um nome do Dharma?

Há budistas que são portadores de um nome budista, mas será que todos os que se tornam budistas recebem um nome? São só alguns? Como funciona?

A entrada formal para o budismo acontece na cerimónia do refúgio nas 3 Jóias, ainda que, a pessoa que decide seguir o caminho budista, que se sente budista, pode-se considerar budista sem ter passado oficialmente por essa cerimónia. Mas a cerimónia do refugio nas 3 Jóias é uma marco na medida em que o praticante se compromete a seguir o caminho budista, a se dedicar ao Dharma. É a formalização de uma decisão interior perante nós próprios e perante outros. É o reconhecimento que as coisas habituais perante as quais nós “tomamos refugio” não são um verdadeiro porto seguro. Essa cerimónia marca “oficialmente” a entrada para o budismo, mas o refúgio nas 3 Jóias pode e deve ser feito em várias ocasiões, formalmente ou informalmente, não se resume a uma cerimónia. O mais importante é a tomada interna de refúgio.

É durante a cerimónia formal de refugio que é, ou não, atribuído um nome do Dharma, isto é, um nome budista. Nem todos os budistas recebem um nome do Dharma, isso depende das escolas e linhagens. Por exemplo no Theravada, praticantes leigos não costumam receber um nome, isso é mais habitual para quem é monge ou professor leigo, mas mesmo assim não é certo que seja atribuído algum tipo de nome. Já no Soto Zen, o praticante leigo pode receber um nome, mas normalmente só depois de praticar pelo menos 1 ou 2 anos na comunidade, sendo que essa cerimónia geralmente também implica um maior comprometimento com o grupo. Quanto ao Vajrayana, em algumas escolas geralmente qualquer um pode receber um nome, mesmo sem ter qualquer tempo de prática e sem implicar um comprometimento com a comunidade.

Então, respondendo diretamente à pergunta. Não, receber ou não um nome depende da escola e linhagem em que se pratica. E quando aos exemplos referidos acima, também não é certo que o procedimento seja sempre dessa forma. Um budista, seja leigo ou até professor, não é “superior” ou “inferior” por ter ou não ter um nome do Dharma.

Palestra sugerida (link externo):

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2 comments

  1. Eu partico a alguns anos um modo de vida dentro do budismo, mas no local onde moro não tenho como ter acompanhamento o único acompanhamento que tenho tido e de 2 em dois anos já a 5 anos que tenho ligação com um grupo de Monges budistas o que me tem ajudado muito nesta jornada.

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