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Mindfulness: tão eficaz como a medicação para tratar a ansiedade, indica um estudo que exibe resultados impressionantes

Um novo estudo revela que a meditação mindfulness poderá ser tão eficaz na redução da ansiedade como a medicação.

Antes de mais é preciso referir que cada caso é um caso e a meditação não é uma panaceia para todos os males, em certos casos, pode até ser mesmo contraproducente. Por isso é sempre recomendado para quem sofre de problemas de nível psicológico que seja acompanhado por um profissional qualificado, e se necessário, que faça uso da medicação conforme prescrito, ou, se for essa a indicação, que a medicação seja substituía ou reduzida. De referir também que a meditação budista, que é a fonte da mindfulness, vai muito mais além do que simplesmente “aliviar o stress”, ainda que seja totalmente legítimo usar a meditação como uma ferramenta para essa finalidade.

Esta nova investigação, que envolveu um grupo de 276 adultos com distúrbios de ansiedade não tratados, foi publicada na “JAMA Psychiatry”. Metade dos doentes foram escolhidos aleatoriamente para tomarem um medicamento comum usado para tratar a ansiedade e a depressão. A outra metade do grupo participou de um curso de redução de stress de 8 semanas com base no mindfulness.

Os resultados impressionaram, ambos os grupos tiveram uma redução de cerca de 20% dos sintomas de ansiedade durante o período de 8 semanas.

A autora principal da investigação é a Dra. Elizabeth Hoge, que é diretora do Programa de Investigação de Distúrbios de Ansiedade do Centro Médico da Universidade de Georgetown, EUA. Elizabeth revelou à CNN que espera que a pesquisa possa criar mais opções de tratamento para doentes que sofrem de ansiedade. Há pacientes que sofrem de efeitos secundários graves, incluindo alergias, e para estes casos a mindfulness, também conhecida como atenção plena, pode ser uma alternativa, além disso, poderá ser um primeiro passo para pessoas que têm ansiedade não tratada e são cautelosas com a medicação, disse Elizabeth Hoge.

A Dra. Elizabeth Hoge afirma que “se alguém já está a tomar uma medicação, pode tentar fazer a meditação ao mesmo tempo” e enfatiza que “se quiserem deixar de tomar a medicação, devem falar com o médico.” O estudo não deve estimular os pacientes a deixarem de tomar a medicação sem a orientação de um médio. Pode haver fatores indeterminados que fazem com que alguns doentes respondam melhor à meditação que outros. Após a recolha de dados, os participantes puderam experimentar o tratamento que não lhes tinha sido atribuído. Alguns doentes do grupo de meditação descobriram que a medicação era realmente mais eficaz, enquanto que alguns doentes do grupo de medicação descobriram que a meditação é que era mais eficaz.

Elizabeth Hoge diz que investigações adicionais poderiam explorar o que está na origem das diferentes respostas aos tratamentos e quais as pessoas se beneficiam mais com a meditação. Assim os médicos poderiam prescrever diferentes tipos de tratamentos com base nos perfis dos pacientes. Hoge espera também que, uma vez que há investigações que mostram a eficácia da meditação, as seguradoras possam cobrir os custos com os cursos de meditação para a ansiedade, da mesma forma que cobrem tratamentos com medicação.

A ansiedade não é a única adversidade que o mindfulness pode ajudar a enfrentar. Segundo um estudo publicado no “American Journal of Nursing” em 2011, um programa de mindfulness de 8 semana era tão eficaz como os antidepressivos para prevenir uma reincidência de depressão. Elizabeth Hoge afirmou que diferentes programas de meditação poderão ser apropriados para ajudar a tratar a depressão e TDAH, entre outras patologia do tipo. Ela acha que “que isto é muito promissor”.

Fonte: CNN Portugal

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