Citações Theravada Zen/Chan

A Fé no budismo

«O primeiro amigo é a fé, a devoção, a confiança. Sem confiar, não se pode trabalhar, por permanecer agitado com dúvidas e ceticismo. Porém, se a fé for cega, será um grande inimigo. Torna-se cega se perdermos a inteligência discriminatória, o entendimento apropriado sobre o que é a devoção correta. É possível ter fé em alguma divindade ou indivíduo santificado mas, se a fé for correta, com entendimento apropriado, iremos evocar as boas qualidades desse ser e isso nos inspirará a desenvolver essas mesmas qualidades. Tal devoção é cheia de sentido e é de toda a ajuda. Mas, sem tentar desenvolver as qualidades do ser do qual se é devoto, é fé cega, que é muito perigosa.»

– S. N. Goenka

«Às vezes eu estou falando e pessoas se queixam e dizem: “Monge Genshô parece muito cético, muito terrível, ele tira todas as coisas que nós nos agarramos”. Mas essa é a verdadeira tarefa do Mestre ZEN. O Mestre Zen quer dizer: “Qual é a bengala em que você está se apoiando? Qual é a crença, a ilusão em que você está se apoiando? Ah é essa? Estou tirando”.

Aí tirei a bengala, tirei a muleta, tirei o tapete debaixo dos pés e, quando não resta nada, e o homem olha pra baixo e vê que não tem mais chão onde pisar, então chegou um grande momento, porque só aí o homem pode ambicionar sabedoria. Enquanto ele estiver agarrado em crenças, ele não pode ambicionar sabedoria, porque a crença é o contrário do saber. A crença é aquilo em que eu me agarro sem saber nada. Eu tenho apenas “fé” que é assim. Mas, se eu souber que é assim, se eu tiver a experiência, então eu não preciso de crença.»

– Monge Genshô, Qual a bengala a que você está agarrado?*

Veja também:


Sobre S. N. Goenka | Lista de Mestres e Professores

Deixe um comentário