“Se o Natal é uma ocasião em que, de certo modo, as pessoas se esforçam particularmente para fazer o que é bom e benéfico aos outros, isso é maravilhoso e muito importante; o sistema adotado não é relevante. (…) Ensino desta maneira para obrigar as pessoas a se libertarem de seus apegos a vários conceitos e a compreenderem o que está acontecendo de uma maneira direta e natural.” – Ajahn chah
Conteúdo:
- Um Budista pode festejar o Natal?
- Trecho do livro “Uma Tranquila Lagoa na Floresta: Meditações de Ajahn chah
- Uma Perspectiva Budista sobre o Natal | Lama Gyurme
- Monja Coen comenta o Natal: Ternura, Cuidado e Cura
- Palestra: Budismo e o Natal | Monja Isshin
- Música de Natal com letra budista
Um Budista pode festejar o Natal?
Os Simpsons estão longe de ser o melhor exemplo de apresentação do budismo, mas este vídeo é uma boa resposta a essa pergunta.
No episódio dos Simpson “She of Little Faith”, Lisa entra em crise com a sua fé e se converte ao Budismo, o Rev. Lovejoy tenta dissuadi-la dizendo que ela não pode mais celebrar o Natal porque “Pai Natal não deixa presentes debaixo da Árvore Boddhi”.
Então Lisa visita o “Templo Budista de Springfield” onde Lenny, Carl e Richard Gere estão meditando e recebe um conselho excelente:
– Gere: O budista respeita a diversidade de outras religiões, se tiverem base no amor e na compaixão.
– Lisa: O que?
– Gere: Sério. Porque não vai pra casa? Sua família sente a sua falta.
– Lisa: Posso comemorar o Natal?
– Gere: E qualquer outro feriado. Faço aniversário em 31 de agosto…
Trecho do livro “Uma Tranquila Lagoa na Floresta: Meditações de Ajahn chah”, de Jack Kornfield e Paul Breiter (orgs.)
Na religião cristã, por exemplo, uma das festas mais importantes é o Natal. Um grupo de monges ocidentais decidiu, no ano passado, festejar esse dia de uma maneira especial, com uma cerimônia de presentes e premiações. Vários de meus discípulos estranharam isso e comentaram: “Se eles foram ordenados como budistas, como podem celebrar o Natal? O Natal não é uma festa cristã?”
Na minha palestra sobre o Dharma, expliquei que todas as pessoas do mundo são fundamentalmente as mesmas. Chamá-las de europeus, de americanos ou tailandeses apenas indica onde nasceram ou a cor de seus cabelos, pois todos têm, basicamente, o mesmo tipo de mente e de corpo; todos pertencem à mesma família de gente que nasce, envelhece e morre. Quando entenderem isso, as diferenças perderão a importância. Da mesma forma, se o Natal é uma ocasião em que, de certo modo, as pessoas se esforçam particularmente para fazer o que é bom e benéfico aos outros, isso é maravilhoso e muito importante; o sistema adotado não é relevante.
Então eu disse aos aldeões: “Hoje chamaremos essas festa de Chrisbuddhamas. Enquanto as pessoas praticarem apropriadamente, elas estarão praticando um Budismo cristão e tudo vai bem.” Ensino desta maneira para obrigar as pessoas a se libertarem de seus apegos a vários conceitos e a compreenderem o que está acontecendo de uma maneira direta e natural. Qualquer coisa que nos leve a ver a verdade e a fazer o bem é pratica correta. Você pode chamá-la como quiser.
“Com bondade amorosa para todo o universo, cultive um coração sem limites: Acima, abaixo e em toda a volta, desobstruído, livre da raiva e da má vontade.”
– Buda (Snp 1.8)
Uma Perspectiva Budista sobre o Natal | Lama Gyurme
Monja Coen comenta o Natal: Ternura, Cuidado e Cura
Palestra: Budismo e o Natal | Monja Isshin
The First Nidana | Música de Natal com letra budista
Tradução da letra:
O primeiro Nidana
O primeiro nidana é chamado de ignorância
Samsara dá uma falsa libertação
Idappaccayata – Isso leva àquilo
Paticcasamuppada – Causalidade
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
Agora, a ignorância dá origem a composições causais
Então a consciência se eleva sem uma pausa
A próxima consciência leva ao corpo-mente
As faculdades sensoriais são então formadas em espécie
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
Faculdades dos sentidos causam então a conexão
Liderando o caminho para a percepção sensorial
A próxima causa básica é o desejo
Isso traz apegos mentais
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
O apego dá origem à gestação
Então vem o nascimento e originação
O nascimento sempre leva à mesma história
Essa composição é ilusória
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
Identidade leva à nossa morte
Aceite a velhice, doença e morte para ser sábio
Este processo é a nossa condição inata
Origem Dependente
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
A consciência de que está livre das amarras do Dukkha
Nos guiará no caminho para a graça do nirvana
A verdade nunca pode ser encontrada perto ou longe
No entanto, no nosso coração está a luz dessa estrela
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
Consciente, consciente, consciente, consciente
Estar consciente é incomparável
Saiba mais sobre esta música de natal (link externo):
Carol of the (Dharma) Bells
Sugestão de leitura (link externo):
- O Natal e os Budistas: não seja chato (Bonnô Gusoku)
Veja também:
- Natal: O que oferecer a um budista?
- Natal: Sugestões de livros para oferecer a um budista
- 4 Festivais Budistas + Dia Especial
- Budismo, a ideia de Deus e o mundo espiritual
- [Documentário completo-eng] Jesus was a Buddhist Monk? (BBC)
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