Tigela de Buda se refere a um tipo de refeição servida numa tigela ou prato fundo. É uma tendência também conhecida pelo seu nome em inglês Buddha Bowl. A refeição servida na tigela geralmente é vegetariana ou vegan e na sua composição são adicionadas várias porções de alimentos, o que a torna numa refeição saudável e nutritiva. Geralmente essas porções não são misturadas mas dispostas de forma artística. A Tigela de Buda é popular por ser um prato saboroso e apetitoso, fácil de fazer e saudável.
Segundo a Wikipédia, a Juice for Life, localizada em Ontário, no Toronto, publicou uma receita de Tigela de Buda no seu livro datado de 2000, com receitas da década de 1990. Antes de 2013 a Juice for Life começou a disponibilizar esse tipo de refeições no seu menu e a partir de 2017 o conceito tournou-se bastante popular. As bonitas fotos partilhadas em redes sociais como o Instagram, assim como a tendência por comidas mais saudáveis, estarão entre os grandes impulsionadores da sua popularização.
Porque se chama Tigela de Buda? Além de poder ter sido simplesmente uma jogada de marketing, o equilíbrio que é um dos conceitos referidos no budismo, estará entre os motivos na origem do nome, pois esta é uma refeição equilibrada. Além disso, na época do Buda surgiu a tradição dos monges mendigarem por comida com uma tigela, prática essa que ainda hoje é seguida por algumas linhagens. No Budismo Zen há a tradição da prática do Oryoki, que consiste numa refeição servida em 3 ou mais tigelas. As tigelas também lembram a barriga do Budai, o monge barrigudo muitas vezes confundido com o Buda. E no oriente muitas das refeições são servidas em tigelas.
Associado à Tigela de Buda também está o conceito de comer com atenção plena (que não significa comer lentamente). Mas é importante referir que um budista pode comer qualquer coisa e com qualquer utensílio; ser budista não implica adotar uma alimentação concreta e comer de uma determinada forma.
O que inclui uma Tigela de Buda
Não existem regras rígidas para montar uma Tigela de Buda, algumas podem conter uma maior variada de alimentos, outras menos, mas tipicamente inclui:
- Cereais, grãos integrais ou alimentos derivados – p. ex: seitan, quinoa, arroz, aveia, centeio, etc. (geralmente são a base)
- Leguminosas ou alimentos derivados – p. ex: tofu, lentilhas, soja, grão-de-bico, edamame, feijão, ervilhas, favas, etc.
- Folhas – p. ex: espinafre, couve, rúcula, alface, agrião, etc.
- Frutas – mirtilo, morango, uva, manga, abacate, etc.
- Sementes ou oleaginosas – p. ex: gergelim, sementes de girasol, sementes de abóbora, nozes, castanhas, amendoins, etc.
- Gordura boa – p. ex: azeite.
- Temperos e molhos variados – p. ex: molho de soja, leite de coco, etc.
Com base nas categorias acima já dá para montar uma Tigela de Buda, claro que não é necessário colocar todos esses ingredientes, e há uma infinidade de outros que não estão listados, mas geralmente essas categorias de alimentos estão presentes numa típica Tigela de Buda. Elas costumam combinar vários alimentos e costumam ser nutritivas e coloridas, mas os ingredientes podem ser adaptados consoante a preferência e o que se tem disponível.
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