O monge zen budista Francisco Handa, do templo Busshinji, coordena um grupo de meditação que mensalmente sobe até ao topo do Edifício Copan, que é um dos mais icónicos da cidade de São Paulo, para meditar. O Zazen (meditação zen) é feito a mais de 100 metros de altura no heliporto do prédio.
Atualização:
Em Janeiro de 2022, numa entrevista para a Revista Regional, o monge Jishô Handa disse que:
“O objetivo era abraçar a cidade, que daquele ponto nos parecia uma bolha, como posto numa redoma de vidro. Alguns podem pensar que com a meditação levamos tranquilidade aos habitantes. Nem sei se a meditação tem a capacidade de promover tal fato. Não era isso. O que nos movia a ir meditar no Copan era acolher todas as dores produzidas pela cidade, de seus habitantes sonhadores, dos imigrantes, dos desvalidos, mendigos e sofredores. No momento da meditação, a cidade toda meditava conosco, esquecendo-se das mazelas de uma cidade grande e violenta. Mas, ao mesmo tempo, era a São Paulo que amávamos. Esta tinha sido a cidade que me acolheu, deu oportunidades, conheci muita gente, sofri decepções e fui feliz. Aceitar São Paulo como ela é, em todas as suas contradições. Seria isto também um dos ensinamentos do Budismo, da compaixão e desapego.”
“Todos têm a mente/Buda. Não depende de religião e de cultura. A alegoria a respeito deste tema é o seguinte: Buda está sentado numa flor de lótus, o lótus nasce no pântano, mas em hipótese alguma a flor de lótus se deixar sujar pela água pútrida do pântano. Se perguntarmos o que é Buda, posso dizer: é a mente!”
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