Budismo Geral História e Arqueologia

Grandes discípulos/as do Buda | Parte 1/4: Monges

Desde o tempo do Buda que a comunidade budista é composta por 4 pilares: monges, monjas, leigos e leigas.

Pessoas de todas as castas – altas e baixas, mulheres e homens – buscaram os ensinamentos do Buda e, sem qualquer distinção, o Buda as recebeu. Esses discípulos, independentemente se são monásticos ou leigos, homens, ou mulheres, pobres ou ricos, desempenharam um papel de grande importância na história budista e foram protagonistas de histórias extraordinárias.

Na tradição budista, quando um Buda totalmente desperto aparece no mundo, ele sempre tem um conjunto de discípulos e discípulas principais que cumprem papéis diferentes. Neste artigo vamos conhecer os discípulos principais assim como outros notáveis discípulos. Sem eles a história do budismo não seria a mesma.

1 – Monges | 2 – Monjas | 3 – Leigos | 4 – Leigas

Monges (Bhikkhus)

Sāriputta
Moggallāna
Mahākassapa
Subhūti
Puṇṇa Mantānīputta
Kaccāyana
Anuruddha
Upāli
Rāhula
Ānanda
Angulimala
Assaji
Koṇḍañña
Sunita
Devadatta

Os 10 Principais

Sāriputta

Sāriputta (em Páli) ou Śāriputra (em Sânscrito), foi um dos principais discípulos do Buda. Segundo o Cânone Budista Páli ele é considerado o primeiro dos dois principais discípulos masculinos, juntamente com Moggallāna. Sāriputta teve um papel de liderança chave no ministério do Buda e é considerado em muitas escolas budistas como tendo sido importante no desenvolvimento do Abhidharma (uma das divisões do Cânone Páli). Ele nasceu numa família brâmane e rica, o seu nome de nascimento era Upatissa (em Páli) ou Upatiṣya (em Sânscrito).

Os textos budistas relatam que Sāriputta e Moggallāna eram amigos de infância e que se tornaram andarilhos espirituais durante a juventude. Depois de terem buscado a verdade espiritual por um tempo, eles entraram em contacto com os ensinamentos do Buda e foram ordenados monges. Diz-se que Sāriputta atingiu o despertar (ou iluminação) como um Arhat duas semanas após a ordenação. Sāriputta assumiu um papel de liderança na Sangha, realizando tarefas como cuidar de monges, esclarecendo pontos da doutrina, entre outras. Ele foi o primeiro discípulo a que o Buda permitiu ordenar outros monges. Era conhecido pela sua estrita adesão às regras monásticas bem como pela sua sabedoria e capacidade de ensinar. Sāriputta é considerado um importante e sábio discípulo do Buda, particularmente no budismo Theravada, onde recebe um status próximo à de um segundo Buda. Na arte budista, ele é frequentemente representado ao lado do Buda. O mestre Sāriputta recebeu o título de “General do Dhamma” (Páli: Dhammasenāpati; Sânscrito: Dharmasenapati). Ele é reconhecido como o discípulo do Buda que foi maior em sabedoria juntamente com a discípula Khema.

Sāriputta morreu um pouco antes do Buda na sua cidade natal. De acordo com textos budistas, após ser cremado as suas relíquias foram então consagradas no Mosteiro de Jetavana. Descobertas arqueológicas de 1800 sugerem que as suas relíquias podem ter sido redistribuídas pelo subcontinente indiano por reis subsequentes.

Moggallāna

Moggallāna (em Páli) ou Maudgalyāyana (em Sânscrito), foi um dos discípulos mais próximos do Buda. Ele é considerado o segundo dos dois principais discípulos masculinos do Buda. Como vimos anteriormente Moggallāna e Sāriputta eram amigos de infância, juntos se tornaram andarilhos espirituais e foram ordenados monges. Moggallāna atingiu o despertar pouco depois de Sāriputta.

Moggallāna e Sāriputta tinham uma profunda amizade espiritual e tinham papéis complementares como professores do Dhamma. Moggallāna é conhecido pelos seus poderes psíquicos e muitas vezes é retratado usando-os nos seus métodos de ensino. Segundo alguns textos canónicos, ele teve um papel fundamental na reunificação da comunidade monástica após Devadatta ter causado um cisma. Moggallāna morreu aos oitenta e quatro anos após ser assassinado por uma seita rival. Ele teve uma morte violenta que é descrita nas escrituras budistas como resultado do seu mau Karma passado devido a ter matado os seus próprios pais numa vida anterior. No século XIX foram supostamente encontradas relíquias atribuídas a ele.

Mahākassapa

Mahākassapa (em Páli) ou Mahākāśyapa (em Sânscrito) nasceu numa família brâmane e o seu nome de nascimento era Pippali. Ele é considerado no budismo como um discípulo iluminado e um dos mais importantes discípulos do Buda, sendo o principal na prática ascética. Segundo textos canónicos o Buda trocou com ele o seu manto, que era um símbolo da transmissão dos ensinamento budistas. Ele muitas vezes teve disputas com Ananda, o atendente do Buda, devido às suas diferentes disposições e pontos de vista. Apesar da sua reputação ascética, rigorosa e severa, ele se interessava pelos assuntos comunitários e pelo ensino. Ele também era conhecido por sua compaixão pelos pobres, o que fez com que às vezes fosse descrito como uma figura “anti-establishment”.

Mahākassapa teve um papel de destaque na cremação do Buda, assumiu a liderança da comunidade monástica após o seu paranirvāṇa (morte) e liderou o Primeiro Concílio Budista. Ele é considerado o primeiro patriarca em várias tradições budistas, como a Chan/Zen. Há uma história, chamada de “O Sermão da Flor do Buda“, que expressa o nascimento do Zen e a essência dessa tradição: Certa vez o Buda preparava-se para proferir um sermão para os seus discípulos, ele vê uma flor, pega nela e em silêncio a segura bem alto para que todos a pudessem ver. Mahākāśyapa sorriu, apenas ele compreendeu o ensinamento. Dessa forma Mahākāśyapa recebeu a “transmissão do Dharma”. As palavras são limitadas, qualquer coisas que se diga sobre o Dharma não é verdadeiramente o Dharma, Mahākāśyapa compreendeu além das palavras.

Em muitos textos pós-canônicos, Mahākassapa decidiu no final da sua vida entrar num estado de meditação e animação suspensa, que se acreditava que fizesse com que os seus restos físicos permanecessem intactos numa caverna de uma montanha chamada Kukkuṭapāda, até à chegada de Maitreya, o Buda de uma próxima era. Esta história levou a vários cultos e práticas e tem sido interpretada por estudiosos como uma narrativa para conectar fisicamente o Gautama Buda com o próximo Buda Maitreya, através do corpo de Mahākāśyapa e do manto de Gautama Buda, que cobriu os restos mortais de Mahākassapa. No Budismo Chan esse relato foi menos enfatizado e foi destacado o relato de Mahākassapa ter recebido uma transmissão mente-a-mente de Gautama Buda, de coração para coração, fora das escrituras ortodoxas. Esta narrativa tornou-se essencial para a identidade do Chan. Mahākāśyapa também tem sido frequentemente retratado na arte budista como um símbolo de segurança e esperança para o futuro do budismo.

Subhūti

Subhūti foi um dos dez principais discípulos do Buda. No budismo Theravada ele é considerado o discípulo mais “digno de presentes” (dakkhiṇeyyānaṃ). No Budismo Mahayana ele é considerado o principal na compreensão da vacuidade (Śūnyatā).

Subhūti nasceu numa família rica, era parente de Anāthapiṇḍika, o principal patrono do Buda, e tinha um temperamento notoriamente ruim. Ele esteve presente na dedicação do Mosteiro Jetavana, que o seu tio Anāthapiṇḍika havia construído para o Buda. Ao ouvir o Buda ensinar na cerimónia, Subhūti sentiu-se inspirado e foi ordenado monge, e acabou por desenvolver uma mente mais serena e um temperamento mais calmo.

Enquanto praticava a meditação da bondade-amorosa (metta-jhāna) numa floresta, ele alcançou o despertar completo, tornando-se assim num Arhat. Subhūti ficou conhecido pelo seu domínio desse tipo de meditação, diz-se por isso que qualquer presente oferecido a ele tinha um grande mérito para o doador, e por esse motivo ganhou o título do mais “digno de presentes”. Além disso, ele também era conhecido por ensinar o Dhamma “sem distinção ou limitação”, ou seja, independentemente do potencial do ouvinte.

Subhūti é uma figura muito importante no budismo Mahayana e é uma das figuras centrais nos sutras Prajñāpāramitā, como o Sutra do Diamante e o Sutra do Coração, que estão entre os sutras de maior importância das escolas Mahayana.

Puṇṇa Mantānīputta

Puṇṇa Mantānīputta (em Páli) ou Pūrṇa Maitrāyanīputra (em Sânscrito ), era o principal discípulo em oratória e divulgação do Dhamma. Puṇṇa nasceu em Donavatthu, perto de Kapilavatthu, numa família de brâmanes. A sua mãe era irmã do Añña Koṇḍañña, que foi um dos primeiros cinco monges a se tornar Arhat e que viria a se tornar professor de Puṇṇa. Ananda menciona que Puṇṇa foi uma grande influência e que graças a ele conseguiu atingir o estado de sotāpanna.

Kaccāyana

Kaccāyana, também referido em Páli como Kaccāna, Mahākaccāna, ou Mahākaccāyana; e em Sânscrito conhecido como Kātyāyana ou Mahākātyāyana; era o principal discípulo com habilidades para expandir e apresentar o significado detalhado de breves declarações do Buda. No budismo tailandês ele também é conhecido como Phra Sangkajai e retratado como extremamente corpulento.

A tradição Theravada atribui a Kaccāyana a autoria de dois textos Páli tardios, o Nettipakarana e o Peṭakopadesa. O Nettipakarana é uma escritura mitológica em que o tema principal é a Hermenêutica Budista através de uma sistematização dos ensinamentos do Buda. Esse texto é considerado canônico pela tradição Theravada birmanesa, mas não está incluído noutros outros cânones Theravada. O Peṭakopadesa é um tratado sobre metodologia exegética. Além destes, o Kaccāyanavyākaraṇa, que é um trabalho sobre gramática Páli, também é tradicionalmente atribuído a ele. E na tradição Sārvastivada, o texto Abhidharma Jñānaprasthāna é atribuído a ele.

Anuruddha

Anuruddha (em Páli) ou Aniruddha (em Sânscrito), era um primo do Buda. Ele e Ananda tornaram-se monges ao mesmo tempo. Anuruddha é um dos 10 principais discípulos do Buda, tornou-se um dos principais mestres da prática dos quatro fundamentos da atenção plena (satipatthana), e era o principal possuidor do “Olho Divino” (dibba-cakkhu), isto é, de habilidades de clarividência.

Anuruddha é retratado no Cânone Páli como um monge afetuoso e leal, e quando o Buda morreu, ele foi um dos que mais consolou os monges. Ele também é frequentemente retratado no Jataka, que faz parte do Cânone Páli e descreve as vidas anteriores de figuras budistas.

Supostamente Anuruddha morreu aos 150 anos debaixo da sombra de um bambu.

Upāli

Upāli nasceu como um barbeiro de casta baixa. Ele conheceu o Buda quando ainda era criança e mais tarde viria a ser ordenado monge. O seu precetor foi o Kappitaka. Upāli tornou-se conhecido pelo seu domínio e rigor do vinaya (base regulatória da comunidade monástica), tendo sido consultado frequentemente sobre esse tipo de assuntos. Ele foi um dos 10 principais discípulos do Buda e o principal na categoria da disciplina e, de acordo com os primeiros textos budistas, foi o principal responsável pela recitação e revisão da disciplina monástica no Primeiro Concílio Budista.

Na antiga sociedade indiana as castas mais baixas eram tratadas quase como “lixo”, as pessoas dessas castas eram consideradas inferiores (apesar do sistema de castas estar proibido na Índia atual, ainda hoje continuam a ser muito influente). Upāli é um dos primeiros exemplos da não distinção entre estatuto social na comunidade budista e do desrespeito do Buda à importância das castas na Índia antiga. Upāli foi ordenado juntamente com príncipes Sakya e tornou-se um monge proeminente na comunidade, algo impensável na naquela época.

Antes de se tornar monge o Buda pediu para que Upāli investigasse primeiro os seus ensinamentos antes de tomar tal decisão. Essa é uma característica importante no budismo. Quando o Buda lhe pediu isso, Upāli ficou ainda mais satisfeito, pois os outros grupos religiosos não agiam dessa forma.

Rāhula

Rāhula era o único filho de Siddhartha Gautama e da sua esposa e princesa Yaśodharā. De acordo com a tradição Páli, Rāhula nasceu no dia da renúncia do Príncipe Siddhārta, outras fontes mencionam que o nascimento foi posterior.

Rāhula viria a ser ordenado monge. Nos textos budistas ele é conhecido pelo seu gosto por aprender e foi homenageado por monges e monjas noviças ao longo da história budista. Os primeiros relatos afirmam que Rāhula morreu antes do Buda, mas tradições posteriores afirmam que ele estava entre os principais discípulos que viveram após a morte do Buda.

Segundo os textos em Páli, Rāhula e Buda tinham uma boa relação, mas Buda não o favorecia e nem lhe dava um tratamento especial em relação aos outros discípulos e discípulas só por ser seu filho.

Ānanda

Ananda era primo em primeiro grau do Buda, foi o seu principal atendente e um dos seus dez principais discípulos. Entre os muitos discípulos do Buda, Ananda se destacou por ter a melhor memória. A maioria dos textos presentes no Sutta-Piṭaka são fruto da memória de Ananda e foram recitados por ele no Primeiro Concílio Budista. Por essa razão ele é conhecido como o “Tesoureiro do Dhamma”. Ele acompanhou o Buda durante toda a sua vida, atuando não apenas como assistente, mas também como secretário e porta-voz. Além de ser conhecido pela sua memória, ele também era conhecido pela sua erudição e compaixão, e por esses motivos era frequentemente elogiado pelo Buda. Ele é uma das figuras mais amadas do budismo e teve um papel importante no estabelecimento da comunidade monástica feminina.

Ananda tinha muitos apegos mundanos e não conseguiu atingir a iluminação durante o tempo de vida do Buda. A sua iluminação só aconteceu após a morte do Buda e um pouco antes do Primeiro Concílio Budista. Ananda continuou a ensinar até ao resto da sua vida.

Outros monges notáveis

Angulimala

Angulimala era descrito como um bandido e assassino implacável e foi o que hoje chamamos de “serial killer”. Após um encontro com o Buda e a sua conversão ao budismo ele se transforma completamente. A sua história é vista como um exemplo por excelência do poder redentor dos ensinamentos do Buda.

O nome Angulimala significa literalmente “colar de dedos”, e o motivo é por ele assassinar as suas vitimas e cortar os seus dedos para fazer um colar. Ele pretendia matar 1000 pessoas e fazer um colar de 1000 dedos. O exército do reino tentou capturar Angulimala mas sem sucesso. Numa certa ocasião, faltava apenas 1 dedo para completar o colar, e enquanto isso, os aldeões disseram ao Buda para não seguir pela estrada onde se encontrava pois o assassino Angulimala andava por aí. Apesar do aviso o Buda seguiu em silêncio. Angulimala avista o Buda e com a sua espada começa correr na sua direção para o matar. Segundo a história, embora ele esteja correndo o mais rápido possível ele não consegue alcançar o Buda pois o Buda está usando algum tipo de poder. Isso confunde Angulimala que diz ao Buda para parar. O Buda responde dizendo: “Eu parei, Angulimala, pare você também. Eu parei para sempre, eu me abstenho da violência para com os seres vivos; mas você não tem nenhum refreamento em relação ao que tem vida: essa é a razão porque eu parei e você não.” Nesse encontro Angulimala acaba por cessar a sua vida como assassino e é ordenado monge. Mais tarde Angulimala alcança a iluminação.

Angulimala tem sido tema de filmes e literatura e a sua história é mencionada em discussões académicas sobre justiça e reabilitação.

Assaji

Assaji foi um dos 5 primeiros discípulos do Buda. Antes de se tornar Buda, Siddhartha Gautama buscava o despertar. Na sua busca ele experimentou práticas ascéticas de automortificação, e foi nessa ocasião que um grupo de 5 ascetas juntou-se ao Gautama. Quando Siddhartha Gautama abandonou esse tipo de práticas os 5 ascetas ficaram desapontados e o deixaram.

Seguindo o “Caminho do Meio” Siddhartha Gautama consegue atingir o despertar e, posteriormente encontra novamente os 5 ascetas, que acharam o Buda com um semblante sublime. O Buda dá o seu primeiro ensinamento, o das 4 Nobres Verdades, e os ascetas, onde se inclui Assaji, passam a seguir o caminho budista e atingem o despertar.

Assaji é também conhecido pela conversão de Sāriputta e Moggallāna, dois dos principais discípulos masculinos do Buda.

Koṇḍañña

Koṇḍañña era um dos que fazia parte do grupo dos 5 ascetas que se tornaram os primeiros discípulos do Buda. Ele foi o primeiro a atingir o despertar após ouvir o primeiro discurso proferido pelo Buda.

Sunita

Sunita foi um discípulo do Buda altamente realizado. Ele nasceu numa família de casta baixa, era considerado intocável ​​e o seu trabalho consistia em varrer a área de um templo (não-budista). No Theragatha, Sunita relata que as pessoas o desprezavam e o achavam nojento. Após um encontro com o Buda ele é ordenado monge. Ele pratica arduamente, atinge um alto grau de realização e é homenageado pelos deuses Indra e Brahma.

Devadatta

Devadatta era primo e cunhado do Buda. Ele entra para esta lista mas pelas piores razões. Desde jovem que Devadatta tinha ciúmes do Buda, e mesmo tendo se tornado monge, o seu ciúme persistiu. Ele se ressentia por estar constantemente na sombra do Buda.

Devadatta criou um cisma na sangha e tentou assumir a liderança. Ele também elaborou um plano com a ajuda de Ajatasattu para matar o Buda. Para executar o plano um homem é enviado para o matar e providencias são tomadas para que não houvessem testemunhas. No entanto o homem para não ficar com um terrível mau karma por matar uma pessoa do nível do Buda desistiu dessa tarefa e confessou ao Buda o que estava prestes a fazer. O Buda o perdoou e ele se tornou discípulo leigo. Numa nova tentativa, quando o Buda estava no sopé de uma colina, Devadatta subiu-a e jogou uma grande pedra na direção do Buda para o tentar matar. Porém, apenas uma lasca feriu o pé do Buda. Mais tarde, Devadatta faz uma nova tentativa, dessa vez soltando um elefante furioso. Mas o Buda, com bondade-amorosa paroximou-se calmamente do elefante e o acariciou até que ele se acalmou. Esse confronto causou sensação em Rajagaha e durante semanas as pessoas andaram pela cidade cantando uma canção sobre isso.

O Buda nunca mostrou qualquer ódio pelas atitudes de Devadatta. No final da sua vida, Devadatta começou a se arrepender das suas ações passadas e decidiu pedir desculpas ao Buda. Mas antes que os dois homens pudessem se encontrar novamente, Devadatta morreu.

É interessante notar que Faxian e outros peregrinos chineses que viajaram pela Índia nos primeiros séculos da era atual, registaram a existência de pequenos grupos seguidores de Devadatta.

Partes seguintes:
2 – Monjas | 3 – Leigos | 4 – Leigas

Referências: The Buddha & His Disciples (S. Dhammika); The Great Chronicle of Buddhas (Mingun Sayadaw); Buddhivihara: Great Male Disciples Of Buddha; Buddhivihara: Great Female Disciples Of the Buddha; Buddhivihara: Lay Disciples; Buddhivihara: Royal Patrons; Budismo sem Dúvidas: Principais Discípulas do Buddha; Wikipedia: Śrāvaka; Wikipedia: Ten principal disciples; Wikipedia: List of Buddhists; Buddhist Dictionary of Pali Proper Names.

Veja também:

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