Ciência e Tecnologia Pessoas e Personalidades Trabalho e Empreendedorismo

Steve Jobs e o Zen Budismo

“Há uma frase no budismo, mente de principiante. É maravilhoso ter uma mente de principiante”.
– Steve Jobs

Sob a liderança de Steve Jobs, foram várias as revoluções tecnológicas que a Apple iniciou.

Quando apenas se pensava em computadores destinados a empresas, Steve Jobs juntamente com Steve Wozniak e Ronald Wayne, fundam a Apple e lançam o primeiro computador destinado a pessoas comuns, algo considerado ridículo naquela época. Mais tarde lança o Macintosh – o primeiro computador com uma interface gráfica. Devido a vários problemas com a direcção, Steve Jobs acaba por abandonar a empresa.

A Apple entra em declínio e por ironia do destina acaba por comprar a NeXT, empresa fundada por Jobs depois de abandonar a Apple. Jobs está novamente dentro da Apple, rapidamente chega à liderança e inicia uma nova revolução, desta vez na industria da música e conteúdos digitais com o lançamento do iPod. O iPhone foi o próximo revolucionário e por fim os tablets com o iPad.

À que referir que Jobs e a Apple não criaram nada completamente novo, dispositivos e tecnologia touch por exemplo, já existiam, mas Jobs soube aproveitar essas tecnologias e criar algo útil e agradável para os utilizadores.

Segundo a lista 2009 do silicon.com, Steve Jobs foi a personalidade mais influente na industria da tecnologia global.

Para além da tecnologia, Jobs nutria também um grande interesse pelo Budismo, algo que veio a influenciar a sua vida e a estética das suas criações. Porém, ele não conseguiu ir muito além da estética e de princípios budistas mais superficiais. Ele era conhecido pelo seu “campo de distorção da realidade”, por ter grandes explosões de raiva e por muitos momentos de arrogância. Jobs rejeitou a primeira filha durante anos. Já depois da sua morte ela chegou a dizer que ele era “frio, cruel e desumano”, embora o tenha perdoado. A Apple, ainda que tenha dado grandes contribuições tecnológicas, sempre foi uma empresa muito fechada sobre si mesma e com práticas que limitam a interoperabilidade entre sistemas.

O Zen de Steve Jobs

Conheça mais sobre Steve Jobs e o Budismo lendo os seguintes artigos:

Pico da Montanha: A contradição aparente entre sua vida de CEO e empreendedor com sua ligação com o budismo aparecia em sua simplicidade na vida pessoal, seu hábito de andar descalço mesmo comprando no supermercado, seu vegetarianismo que partilhava com sua espôsa mãe de 3 dos seus filhos (teve uma filha com uma namorada anteriormente) e a seu desapego por móveis suntuosos. Ele fazia o que queria, lutava por um resultado brilhante, mas não por enriquecimento em si e sim porque era o que desejava fazer, trilhava seu caminho sem se importar com a opinião alheia. Continue a ler…

Pico da Montanha: Jobs chegou a cogitar, no início da Apple,(1975), tornar-se um monge zen budista viajando ao Japão, temia que a empresa se tornasse gigantesca e o engolisse, foi desencorajado por um dos discípulos de Shunryu Suzuki, Kobin Chino, que vivia em um pequeno templo zen em Los Altos, que divertido lhe disse que “tudo era a mesma coisa” que ele descobriria que comandar negócios é o mesmo que sentar em um templo. Conta-se que seu livro predileto é “Mente Zen Mente de principiante” um conjunto de palestras deste introdutor do zen no ocidente. Continue a ler…

Yahoo Entrevista a Isaacson: O Zen estava no centro de seu processo criativo, de seu senso de design e elegância. Sua noção de que tudo devia ser simplificado até que a essência fosse descoberta vinha do Zen. Ele buscava tornar tudo mais intuitivo. Com o Zen, aprendeu também o valor da intuição. Após uma viagem espiritual pela Índia, ainda jovem, retornou convencido de que intuição era mais importante do que o intelecto. Ele buscava estar intuitivamente e emocionalmente conectado com o desejo das pessoas e não, por exemplo, obcecado por dados e pesquisas de mercado. Principalmente, Steve apreciava a apurada noção estética do Zen. Costumava dizer que, na vida, o que vale é o caminho que você segue. Quem é familiarizado com a doutrina sabe que este é um jeito Zen de ver o mundo.

Ao conectar arte e tecnologia, trouxe uma contribuição fundamental. Teríamos aparelhos mais feios e desconjuntados não fora ele. Não era mais inteligente do que outros no Vale. Mas tinha essa intuição que outros não têm. Isso fazia dele um gênio. Continue a ler…

Discurso de Steve Jobs na Stanford University em 2005:

Mais artigos sugeridos para leitura (links externos):

Veja também:

Deixe um comentário