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[Filme] Cherry Blossoms / Hanami – Cerejeiras em Flor

Hanami - Cerejeiras em Flor, que é ambientado inicialmente na Alemanhã e, depois, no Japão, não é o tipo de filme frenético, com efeitos especiais etc, que se tem visto tanto por aí. Pelo contrário. O ritmo é lento, e é lentamente que vamos nos envolvendo com o mundo dos personagens, com essa magia que é capaz de surgir da tela mesmo quando o que está lá são apenas personagens "normais", tão comuns.

Tive conhecimento do filme no site Esteja Aqui e Agora, que já não é atualizado. Transcrevo as palavras do autor do site:

Sinopse: Apenas Trudi sabe que seu marido Rudi está sofrendo de uma doença terminal e ela precisa decidir se vai contar a ele ou não. O médico sugere que eles façam algo juntos, como realizar um velho sonho. Trudi decide não contar ao marido sobre a gravidade de sua doença e aceita o conselho do médico. Ela há muito tempo gostaria de ir ao Japão, mas primeiramente convence Rudi a visitar seus filhos e netos em Berlim. Quando chega na cidade, o casal percebe que os filhos estão tão ocupados com suas próprias vidas que não têm tempo para sair com eles. Na segunda viagem que Rudi aceita fazer com a esposa para o litoral, ela morre repentinamente. Rudi fica devastado e não tem a menor ideia do que fazer. Através do contato com a amiga de sua filha, Rudi compreende que o amor de Trudi por ele havia feito com que ela deixasse de lado a vida que queria viver. Ele começa a vê-la com outros olhos e promete compensar sua vida perdida embarcando em uma última jornada, para o Japão, durante o festival das cerejeiras, uma celebração da beleza, da impermanência e de um novo começo.

Hanami – Cerejeiras em Flor, que é ambientado inicialmente na Alemanhã e, depois, no Japão, não é o tipo de filme frenético, com efeitos especiais etc, que se tem visto tanto por aí. Pelo contrário. O ritmo é lento, e é lentamente que vamos nos envolvendo com o mundo dos personagens, com essa magia que é capaz de surgir da tela mesmo quando o que está lá são apenas personagens “normais”, tão comuns.

À primeira vista pode soar estranha a premissa de um filme alemão que aborda em sua essência a cultura japonesa. Porém, bastam alguns minutos para entender o porque da escolha da terra do sol nascente como pano de fundo para uma trama sensível e rica em simbolismos.

Nos cabe aproveitar o tempo que temos diante da tela, descobrindo esse mundo aos poucos, nos deliciando com os detalhes que o filme vai nos apresentando, que são sutis, que estão num olhar, num simples preparo de uma refeição, na arrumação de uma mala.

O enredo se desenvolve em meio a uma forma de compensar os sonhos que a esposa não pôde realizar, até que Rudi (o marido) parte em uma jornada em busca da essência de uma das formas de expressão que sua mulher mais admirava: o butô, uma dança típica oriental, encontro por meio do silêncio, das sombras. Nesta época, sua visita coincide com o período do Hanami, o festival das cerejeiras. Suas flores simbolizam a beleza, as mudanças e um novo começo.

Um filme sensível, que fala de amor, de efemeridade, de conflitos, sim, mas não se resume a nenhum desses elementos. O filme trata, principalmente, da distância da solidão e da falta de comunicação entre mundos – e do resgate desta, ainda que tardio.

E quase no final do filme, uma das cenas mais emocionantes que já vi, as lágrimas rolando silenciosamente pelo rosto, tentando não ser notada, tentando em vão. O filme vale a pena demais.

O filme é dirigido pela alemã Doris Dorrie, cineasta de sucesso, a mesma que produziu “Iluminação Garantida” a quase uma década atrás.


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