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O que é o Budismo? Quem foi o Buda?

“A raiz da palavra buddha significa despertar, tomar conhecimento, compreender. E aquele que desperta e compreende é chamado de Buda.”
– Thich Nhat Hanh

“Todas as outras religiões dizem ter-se originado no céu e descido para a terra. O Buddhismo se originou de uma mente Iluminada nesta terra e transcendeu os céus.”
– Ven. Dr. K. Sri Dhammananda


Trechos do livro “Boas perguntas, Boas respostas” de Bhante Shravasti Dhammika.

O que é Budismo?
O nome Budismo vem da palavra budhi, que significa “despertar”, de modo que é possível dizer que o Budismo é a filosofia do “despertar”. Tal filosofia originou-se da experiência de Siddhattha Gotama, conhecido como o Buda , que “despertou” na idade de trinta e cinco anos. O Budismo atualmente tem mais de dois mil e quinhentos anos de existência, e aproximadamente trezentos e oitenta milhões de seguidores espalhados pelo mundo. Até cem anos atrás o Budismo era uma filosofia principalmente asiática, mas cada vez mais ganha adeptos na Europa, na Austrália e nas Américas.

Nota: Atualmente estima-se que o número de seguidores seja muito superior ao que o autor apresenta.

Então o Budismo é apenas uma filosofia?
A palavra filosofia é formada por dois radicais: philo, que significa “amor”, e sophia, que significa “sabedoria”. A filosofia, portanto, é o amor pela sabedoria, ou amor e sabedoria. Ambos os sentidos descrevem o Budismo perfeitamente. O Budismo ensina que nós devemos tentar desenvolver nossa capacidade intelectual ao máximo, para que possamos ter uma compreensão sempre clara. Ele igualmente nos ensina a desenvolver amor e bondade para que possamos nos tornar verdadeiros amigos de todos os seres vivos. O Budismo, portanto, é uma filosofia, mas não apenas uma filosofia. Ele é a filosofia suprema.

Quem foi Buda?
No ano de 563 a.C. nasceu um bebê em uma família real do norte da Índia. Ele cresceu em meio à riqueza e ao luxo, mas percebeu que os confortos materiais e a segurança não garantem felicidade. Ele foi profundamente perturbado pelo sofrimento que viu por toda sua volta, e decidiu encontrar a chave para a felicidade humana. Quando tinha vinte e nove anos, deixou sua esposa e filho para buscar conhecimento e aprendizado aos pés dos grandes professores religiosos de seu tempo. Eles o ensinaram muita coisa, mas nenhum deles sabia realmente a causa do sofrimento humano, nem como superar esse sofrimento. Após seis anos de estudo, empenho e meditação, ele atingiu a experiência na qual toda a ignorância dissipou-se, e na qual subitamente compreendeu. Desse dia em diante ele passou a se chamar o Buda, O Iluminado. Ele viveu por mais quarenta e cinco anos, durante os quais viajou por todo o norte da Índia ensinando aos outros aquilo que havia descoberto. Sua compaixão e paciência são lendárias, e ele teve milhares de seguidores. Em seu octogésimo aniversário, velho e doente, mas ainda digno e sereno, ele finalmente faleceu.

O Buda era um Deus?
Não, não era. Ele não afirmava ser um Deus, nem o filho de um Deus, nem o mensageiro de um Deus. Ele era um ser humano que se tornou perfeito e ensinou que se nós seguirmos seu exemplo podemos também nos tornar perfeitos.

A palavra Dhamma é utilizada com frequência no Budismo. O que ela significa?
A palavra dhamma (em sânscrito, dharma) tem múltiplos significados, mas, para o Budismo, seu principal sentido é verdade, realidade, facticidade, a forma como as coisas são. Porque consideramos os ensinamentos do Buda verdadeiros, usualmente nos referimos a eles como Dhamma, também.

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2 comments

    1. Algumas considerações sobre esse momento:
      1) Aquele que abandonou o lar ainda não era um Buda, era uma pessoa comum com as suas angústias, foi essa pessoa que abandou o lar e mais tarde aí sim viria a se tornar num Buda.
      2) O príncipe Siddhartha ao ter abandonado o lar e através do seu esforço e dedicação ter atingido o Despertar, veio a impactar milhões de pessoas e dar um enorme contributo para a humanidade, passados mais de 2500 anos, ainda podemos beber e beneficiar dos seus ensinamentos.
      3) A sua mulher e o seu filho não ficaram propriamente abandonados, continuaram a ter as melhores condições de vida que existiam na época. Além disso, a organização familiar varia de cultura para cultura e época para época. Por exemplo na nossa cultura o mais comum é os pais criarem os filhos, noutras culturas e noutras épocas os filhos são criados não apenas pelos pais mas pela comunidade. Quando o Siddhartha abandonou a esposa e o filho, eles não ficaram desprotegidos, continuaram a viver no palácio com os restantes familiares e serviçais.
      4) A sua esposa e o seu filho mais tarde tornaram-se seguidores do Buda.

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